Biogeografia, Manejo e Conservação

Começamos esse tópico fazendo um apelo aos pesquisadores, tanto os Equinodermos quanto os Cordados Invertebrados possuem poucos estudos acerca de seus habitats e nichos ecológicos. Isso faz uma grande falta à ciência pois, ambos são de extrema importância à manutenção da vida marinha e terrestre.


Nós, Titilia e Demonão somos animais que vivemos em ambientes marinhos, então, o oceano é o nosso lar-doce-lar. Vivemos aqui e daqui tiramos nosso alimento, como os plânctons absorvidos através da filtração da água. Mas ambos ocorremos predominantemente em locais específicos, por conveniência ou não, nos Recifes de Coral. Então escolhemos este nosso ambiente para aprofundar (literalmente rs) os estudos sobre a Biogeografia, Manejo e Conservação... dos corais.


Vamos começar com um vídeo bem bacana, mostrando este incrível ambiente marinho, cheio de riqueza e diversidade de espécies. 


Os Recifes são complexos ecossistemas marinhos, neles ocorrem além dos Equinodermos e dos Cordados invertebrados diversos filos, como PoriferaCnidariaGastropodaBivalviaCrustacea e muitos outros.


Lembram-se do filme "Procurando o Nemo", pois bem.. 
eles viviam em um recife de coral ;)

Os recifes coralíneos consistem em um importante local de reprodução e de crescimento de espécies desde minúsculos invertebrados até peixes maiores. Abrigam uma grande biodiversidade justamente por oferecer abrigo, proteção e variada fonte de alimentação.
Também são fundamentais ao equilíbrio da vida marinha pois ali está grande parte da fauna de base das teias  alimentares, sendo assim quaisquer distúrbios que ali ocorrerem poderão afetar toda a vida nos oceanos.


Acredita-se que os recifes de coral estão para o oceano, assim como as
 florestas tropicais estão para o continente!!!!


óooohh!!


Os recifes ocorrem em todos os oceanos, embora prefiram águas quentes e não profundas, seus arredores são conhecidos pela alta produtividade, apesar de que exista um baixo teor de nutrientes. Por existir uma altíssima diversidade de fauna e flora, a ciclagem de nutrientes é feita em ritmo acelerado.


Protegem o litoral contra a erosão por ser uma barreira natural, e ajuda também na manutenção do fluxo de marés.




Imaginem que se por um acaso essa barreira de coral sumisse de repente... todas as espécies que por ali passam para imigrar e dependem do fluxo das correntes marítimas, perderiam o  sentido do caminho correto para imigração, seja para se reproduzir ou se alimentar. Em outras palavras o "sumiço" dos corais pode acarretar em uma disfunção das espécies migradoras, fazendo com que elas cheguem em outro lugar, que não era o comum quando existia a barreira de coral, podendo causar alterações em toda teia trófica.


Pois é minha gente!


Continuando...


A Maior Barreira de Corais do Mundo é a da Austrália...


Situado ao longo da costa nordeste do continente e possui 2 mil km de extensão






Já no Brasil...

Diferentemente da Austrália, os recifes de coral no Brasil estão distribuídos em aproximadamente 3 mil km, em sua maioria no nordeste.
Abrange predominantemente desde o estado do Maranhão até o sul da Bahia.


Como se pode ver pela imagem, a maioria dos recifes brasileiros são insuficientemente conhecidos... ou seja, ainda faltam muitos estudos sobre esse ecossistema. 

Não se pode conservar, muito menos preservar algo que não que se conhece!


Bom, vamos conhecer agora os recifes brasileiros "mais" estudados.

Recife de Abrolhos - BA


Atol das Rocas - RN


E as famosas piscinas naturais de Recife - PE...


... e Porto de Galinhas - PE



Vamos agora falar sobre algo que em todo lugar tem... todos fazem... ninguém quer falar e todo mundo quer esconder! HAHAHAHA

hãn?






ainda não conseguiu?

  
¬¬'
Ok, eu respondo... 

Os Impactos!

Os Recifes de Coral existem há aproximadamente 7 mil anos, e nesse tempo eles resistiram a inúmeros abalos ambientais como maremotos, atividades vulcânicas, entre outros, porém, contudo, entretanto, todavia, a interferência humana é a maior das ameaças!


Cerca de 27% dos recifes de coral do mundo estão definitivamente perdidos!


Como já foi dito, a principal causa é a atividade humana, principalmente relacionado ao setor econômico, envolvendo também uma crise social, pois uma enorme quantidade de famílias ribeirinhas dependem do que o ecossistema oferece, seja em relação a alimentação ou ao turismo. O uso intensivo desses locais juntamente com a falta de conhecimento sobre eles, promove a sua descaracterização, por pisoteamentos, maus cuidados, descaso.


A expansão urbana desordenada também é um sério risco, pois com ela surgem inúmeros agravantes. Como por exemplo, a poluição, por pesticidas, produtos químicos e de origem industrial, além de resíduos sólidos e esgotos domésticos despejados indevidamente no mar.



Como se já não fosse bastante, ainda existem outros problemas, como o uso de explosivos e substâncias tóxicas em atividades pesqueiras, a aquicultura de espécies exóticas e a construção de portos e terminais petrolíferos.


Este vídeo abaixo mostra uma breve descrição da altíssima diversidade desses ambientes e foca nos impactos, assim como suas causas.



Um fato que está diretamente ligado ao aquecimento global e a ação antrópica é o "Branqueamento".


Calma, Branqueamento dos corais...  rs 


Para entendermos melhor este fato, precisamos compreender uma importante relação de simbiose que ocorre neste ecossistema, entre os corais e as algas chamadas de zooxantelas, estas algas vivem alocadas dentro dos corais e são responsáveis por aquelas cores maravilhosas dos recifes.



Já conseguiu achá-lo? às vezes pode passar despercebido...


Agora sim... ficou mais "claro"... né  =/

Estas algas realizam a fotossíntese e liberam para os corais compostos orgânicos nutritivos, dos quais eles retiram seus alimentos e ao excretá-los, fornecem  gás carbônico, compostos nitrogenados e fósforo as algas. A seguir um vídeo do projeto coral vivo, onde aparece entre outras coisas, uma descrição da simbiose entre algas e corais.



O branqueamento dos corais trata-se basicamente da perda dos organismos fotos-simbiontes, como em sua maioria a cor dos corais advém destas algas, dai se dá o termo "branqueamento".


A perda destas algas acarretará em um jejum do coral, o qual terá suas atividades interrompidas, pois a maioria do seu alimento é originado pela alga. Isso não significa a morte do coral, mas sim sua inatividade, a grande questão que ainda está por ser compreendida é.. estes corais irão se regenerar?


Especialistas dizem que a regeneração dos corais já foi observada em alguns casos, citando o exemplo do branqueamento cosmopolita de 1980, de toda a região Caribenha e arredores, onde ocorreu o branqueamento e após um certo tempo eles voltaram à coloração típica, o que significa que as algas voltaram a realizar sua fotossíntese. Já em outros casos, foi observado o desaparecimento parcial e também total das colonias de coral.


Agora, vamos ao Manejo e Conservação destes ecossistemas.






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